Em conversa

No meu trabalho como recepcionista não são raros os casos em que crio alguma empatia e simpatia com os clientes. Para já porque a simpatia e a afabilidade são inerentes a um bom recepcionista, e depois porque quando temos prazer no que fazemos, isso desde logo transparece para quem está do lado de fora de balcão.

Aqui há uns dias, em conversa com uns hóspedes enquanto faziam o check-out, aconselhei algumas coisas fazer numa visita ao Porto a uns hóspedes. E conversa vai e conversa vem, acabámos por falar de música Portuguesa, nomeadamente de fado. Eis que a senhora me conta que sempre que pode ir a um concerto de fado na Holanda, que vai, tendo chegado a assistir a um concerto da Amália, já ouviu também a Marisa e conhece outros fadistas, e me pede para sugerir alguma voz, um cantor que me agrade.

Não pensei duas vezes. Disse-lhe para procurar pelo António Zambujo, e pergunta-me o porquê da escolha. A resposta foi e é simples: tem uma voz muito melodiosa e com qualquer coisa de especial, um timbre doce mas forte. Se cantasse para mim eu derretia-me no momento.

É aquele qualquer coisa que não se consegue explicar mas se sente. E a voz do António Zambujo tem.




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