E quando consigo abrir a alma

E quando consigo abrir a alma e falar da amargura e da mágoa que me toldam os sentimentos. Quando consigo finalmente explicar tal amargura e escuridão que me escurecem a vista, e que quase me substitui o coração por uma pedra.
Quando falo e vou tomando consciência do que digo, dos meus pensamentos, as lágrimas começam a cair. E caem as lágrimas da angústia pela escuridão que quer tomar posse de mim. Caem e eu penso e pergunto no que me estou a tornar, como permiti que o escuro me dominasse.

E depois diz-me a minha mãe, a minha mãe com as palavras de quem sabe e bem a filha que criou
"Tu tens um coração tão grande, apesar de tudo, da tua vida, do que tu viveste, tu tens um coração tão grande."

E eu choro devagarinho. E enquanto as lágrimas caem, a angústia e a amargura vão saindo juntamente com elas.


  

Comentários

  1. Mãe sabe.

    Um beijo embrulhado num abraço, Inês.

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  2. Oh Inês as mães têm sempre razão :)

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  3. E como também sou Maria (e mãe) trago-te um beijinho doce e um abraço quentinho.
    És uma Princesinha linda...

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  4. Querida Inês...o maior perigo é mesmo deixarmos as sombras entrar na nossa alma...mas tu é um espírito de luz e vais ultrapassar seja o que for que esteja a provocar essa escuridão...Um abraço muito apertadinho...amanhã é outro dia novinho em folha...!!!!

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    Respostas
    1. Acreditas que no dia seguinte me senti melhor?
      Beijnhos

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