19 anos volvidos

 


Visitei o memorial do WTC em 2019. Prestei o meu mais profundo respeito a todos aqueles que morreram devido à maldade e ódio que o Homem tem dentro de si, fazendo com que se alimente apenas com o mais sórdido e diabólico. A 11/09/2001 almoçava quando vi as primeiras imagens sobre o atentado ao WTC. Não esqueço os pensamentos e sentimentos que tive: espanto e incredulidade perante o que estava a acontecer, (na verdade pareciam cenas de um filme, ainda hoje soam como tal), mas também a terrível sensação de que a partir desse dia o mundo iria mudar, mas não para melhor.
E assim, 19 anos volvidos, o pouco pacifismo que existia no médio oriente foi arruinado no momento em George W. Bush decidiu invadir o Afeganistão para responder à carnificina de 11/09. Os Americanos pediam sangue, e Bush atendeu ao pedido.

Em 2003, Durão Barroso na altura nosso PM, estendeu as mãos aos líderes mundiais da altura e promoveu a Cimeira das Lajes onde foram alinhados todos os detalhes para a invasão do Iraque, motivada pela destruição de armamento de destruição maciça, que se veio provar que não existiu. Esta é a marca que o governo da altura deixou: a conivência com uma guerra que nada mais fez do que destruir o precário equilíbrio do médio oriente.

Nestes 19 anos, vivemos a crise do subprime, e cá quase perdemos a nossa dignidade enquanto país, povo e pessoas, devido à ambição de políticos que queriam apenas servir-se de nós.

Hoje, estamos a braços com mais uma guerra, desta vez uma guerra económica e política, promovida por um vírus: chamam-lhe Covid-19.

Nos EUA, Donald Trump quer ser re-eleito e baseia a sua pseudo campanha em ofensas, especulação, ódio, mentira e dissimulação.

Por cá e na Europa a extrema direita teima em aparecer, apesar de estar disfarçada com as palavras como securitário e patriótico.
Cabe-nos não permitir que estes caminhos não sejam muito abertos. Na guerra da extrema direita somos nós as armas deles. Não deixem. Só com a democracia podemos verdadeiramente lutar.

Não nos podemos esquecer que a história teima em ser cíclica. Está nas nossas mãos não permitir a sua repetição.






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