O F60

Não, não venho falar do F60 da Ferrari (embora se percebesse fá-lo-ia). O F60 de que venho falar faz parte do diagnóstico actual da doença da minha mãe, como mencionei num post relacionado com a perda de tecidos cerebrais.
Quando fiz a pesquisa inicial (eu pesquiso tudo e mais alguma coisa que se relacione com a doença bipolar), descobri que F60 corresponde a um transtorno de personalidade. Ora, este F60 subdivide-se em vários sub-pontos que designam os diversos distúrbios de personalidade como a paranóia entre outros que desconhecia até à data.
Basicamente quem tem um transtorno destes não está apto a lidar com diversas situações próximas do seu eixo social e familiar, segundo percebo.
Percebi também que o transtorno de personalidade não vem como consequência da doença mental, mas da própria pessoa. Divide-se em três grupos e cada um deles pode sim levar ao desenvolvimento de determinada doença mental.

O primeiro grupo reúne aquelas pessoas que consideramos estranhas que se isolam socialmente, que não são propensas a demonstrar emoções. Estas pessoas têm tendência a desenvolver episódios psicóticos.

O segundo grupo designa as pessoas que vemos como rebeldes, problemáticas ou umas grandes malucas. Gostam de quebrar regras e podem ser vistos aos nosso olhos como insensíveis, inconstantes, imprevisíveis, com gosto pelo risco e pela quebra de regras, e por aí adiante.
Quem está integrado neste tipo de grupo, pode ter todos estes sintomas, e as pessoas mais afectadas por este transtorno não é tanto o individuo em si, mas sim que o rodeia e convive com ele.
As pessoas que integram este grupo são mais preponderantes a sofrerem de depressões.


O terceiro grupo menciona aqueles que vemos como muito medrosos e frágeis, podem ser as chamadas florzinhas de estufa, mas também aqueles que são inflexíveis, que não quebram nenhuma regra, que são obsessivos com algo. Aqui encaixam-se os transtornos de ansiedade.


Apesar de estarem a pensar que podem pertencer a um destes grupos (como eu pensei quando li por alto), a coisa não é bem assim. Sendo uma doença do foro psiquiátrico o diagnóstico como é habitual parece ser feito tendo como base os nossos sentimentos e emoções, bem como o feitio. Mas isso não quer dizer nada, porque por exemplo eu sou uma pessoa que gosta de estar isolada e sou reservada, mas só quando não conheço as pessoas com quem falo. Logo se alguém se identifica com estes traços, não fará dela uma doente mental como é lógico.

Segundo percebi existem cinco critérios principais que têm que surgir em caso de doença ou perturbação. A estes cinco juntam-se os que são característicos de cada um dos grupos e de cada um dos transtornos que lá surgem.

Olhando para isto, penso que a minha mãe se pode encaixar nos dois primeiros grupos, porque já teve episódios psicóticos, e meia volta tem crises depressivas. 


Se isto vos interessou de alguma forma, vejam os links que deixo:
Wikipedia
F60-F69 Transtornos da personalidade e do comportamento do adulto

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