Gentes
Para quem não sabe São Martinho do Porto é uma terra de elites. É frequente encontrar-se por lá a partir desta altura alguns colunáveis, pessoas que de facto nasceram em berço, daquelas que têm 7 e 8 apelidos.
Também em São Martinho do Porto (tomaria que fosse só no Algarve, mas esta maleita encontra-se em todo o lado), se juntam com estas pessoas os chamados novos ricos e os falsos ricos (estes devem ter sensivelmente o mesmo saldo no banco que eu). O chato destas misturas é ter que ouvir um você em tom muito nasalado, observar um ar de soberba e de arrogância em pessoas ou que de repente se viram com os bolsos cheios de notas (não as do monopólio), e pensaram que o dinheiro compra a educação que tem a pessoa que curiosamente já nasceu com um bom saldo na conta, e que logicamente dispensa tratar o "comum mortal" como um subalterno.
Querem saber como descobrir um novo rico ou alguém que considera como tal? Tenham em atenção os pontos abaixo:
Roupa com o logotipo da marca bem à vista e de marcas de classe média-alta alta.
Exibição do Iphone e do Ipad para toda a gente ver, porque estas coisas têm que ser bem observadas.
Um histerismo em massa com o você para aqui e para ali (é de ficar de boca aberta quando o você venha cá passa a um vem já aqui ou levas).
Um olhar para o comum mortal que trabalha com laivos de arrogância e soberba.
Um pedir desconto numa reserva de forma histérica (então e o desconto???).
O fazer um empregado de café dar 50 voltas com o pedido.
O falar alto numa mesa de café para toda a gente ouvir e dar conta da sua presença.
Almoçam sandes, lancham sandes e não é pela dieta.É mesmo por só puderem comer essas coisas. É sandes e bolos e sumos a dividir por duas pessoas, sempre com ar arrogante.
O mais bonito nesta classe é ver coisas como avós dizerem às crianças para serem chamadas de tias, avós dizerem ás crianças não podem comer X ou Y porque não têm dinheiro.
Esta classe também tem o hábito de se pavonear com o que tem, para onde vai, as férias que fez, estar a falar ao telemóvel uns decibéis acima do tom normal de voz.
Esta classe pensa que por ter acordado um dia com notas no bolso se pode equiparar a quem nasceu com elas, pensa que ter aparência e um tom de voz típico a faz passar pelo mesmo nível de quem tem o nome, o berço e o dinheiro.
Quem nasceu com tudo isso não mostra para toda a gente ver os topos de gama que tem, nem brada para onde foi nas últimas férias, e não trata de maneira arrogante quem está ali por acaso a trabalhar.
Usam roupas de marca sim senhora, mas não andam com logótipos a mostrar fluorescentes a mostrar a marca, nem dizem que é Lacoste, Burberry, Gant e afins, não andam com arsenal de gadegts atrás para os outros verem, não fazem o empregado do café dar 50 voltas, é educado a pedir desconto e maravilha das maravilhas é cordial, bem- educado e simpático para o comum mortal como eu, que por acaso trabalha.
E mais uma coisa: é feio exigirem serem tratados por doutores e engenheiros. Isso não é coisa de quem tem berço.
Denota-se nessa gente muita muita frustração.
ResponderEliminarComo sabes temos uma quinta de turismo rural e ja por lá passaram muitas dessas relíquias.
eu sou GANT!
E quando fingem profissões que não têm?
Sou professor universitário....
E depois vens a descobrir que ooopsss é mentira?
oh Inêsita grande post.
De riqueza ali não ha nada....
Muitas vezes a única coisa que têm em quantidade é mesmo a frustração, inveja daqueles que nem precisam de fingir e problemas graves de auto-afirmação.
concordo com a petra! e é isso que mais gosto nos meus pais: não andarem carregados de notas mas viverem bem felizmente e nem se dar por eles: o auge é terem um carro mais caro que um aston martin e não saberem.
ResponderEliminarNão é só em S.Martinho do Porto que isso acontece infelizmente por todo o lado , como dizem eles andam aí...Dividir em novos ricos e e falsos é que a coisa se generaliza um pouco. Nunca fui rica nem nova, nem falsa... sempre vivi bem.. e o meu conceito de viver bem é comprar aquilo que posso consoante o orçamento familiar mo permite. quanto ás roupas de marca de que falas é natural que compres uma camisola Gant ou Lacoste e o logótipo venha incluído não só na etiqueta interior como na exterior... se as outras marcas não o fazem devem ter os seus motivos... Visto marcas e não posso chegar a casa e rasgar os logótipos se eles são ou não visíveis lá têm de ficar! O mesmo acontece com calças, casacos.. o símbolo da marca aparece sempre.. e não me parece que seja símbolo de riquismo! Quanto a MP3, MP4 nunca andei com eles nas mãos.. para alguma servem os fios,,,às vezes nem preciso porque o próprio telemóvel permite ouvir música! Não me revejo em nada do que aí descreves... NUNCA pedi desconto em loja ou restaurante nenhum, porque à partida tens sempre 10% nas lojas! Geralmente o empregado só dá as voltas que deve dar porque não traz o que é pedido... se peço agua ao natural para que insiste em trazer fresca? Se peço um café duplo com gelo para que traz um café normal? mas nem por isso o trato mal.. simplesmente estou a pedir que me traga o que eu quero. Não tenho por costume falar alto em lado nenhum nem de perto..por isso outra coisa que dispenso..e quando se começa a falar noutros decibéis.. sou a primeira a avisar! O que se torna difícil controlar quando estão muitos amigos juntos!
ResponderEliminarSempre que fui de férias nunca almocei ou jantei sandes.. até porque o companheiro apesar do seu metro e 92 não é corpo de se alimentar a sandes! Geralmente no estrangeiro vou sim para hotéis em regime de meia-pensão para isso mesmo.. à noite ir jantar fora, conhecer outros lugares.. e fast-food nem gosto! Os telemóveis estejam onde estejam estão em modo SILÊNCIO ou DESLIGADO!
Posso andar com algum dinheiro extra na carteira pela simples razão que sou avessa a multibancos e achar que o banco não tem o direito de saber ONDE gasto o dinheiro! Não uso cheques pelo mesmo motivo! Nada tenho de topo de gama...o que compro, compro mediano.. não compro trapos mas não compro alta costura! Não compro Audi's nem BMW's porque o dinheiro só chega para o Seat Ibiza Cupra Boca Negra e o Ford C-max... nenhum dos meus cartões vem com o Dr. ou Eng. atrás do nome...Sou cordial e simpática para quem o é comigo.. se entro num lugar e sou mal atendida.. é loja para nunca mais lá voltar!
Essa da professora Universitária dita pela D. Petra.. a pensar que me atingia.. só uma mente limitada pensa que numa Universidade se dá aulas.. já ouviu falar em formação e investigação? è feita onde? E sim já dei aulas durante 8 anos na Universidade de Escrita Criativa e Estudos Pessoanos como convidada...não preciso de vir à net dizer o que não tenho, ou inventar uma vida...fico feliz porque continua a acreditar nas mentiras de que se alimenta. Deplorável.
Inês podes cortar o comentário.. afinal quem persegue quem? Tem provas daquilo que quer dizer indirectamente pu são as mesmas da professora de TIC e de não ter um companheiro Juiz? Acredite no que quiser...e deixe-se de comentar a vida dos outros!
Novos ricos são Ronaldos...não são os que andam de férias por Portugal...esses vão para as Caraíbas a crédito e os carros que mostram está tudo em modo crédito pessoal ou leasing! Os ricos não vão para Moledo ou S.Martinho do Porto...
ResponderEliminarPetra: pessoas assim apanho-as aos montes. E essa história de professores??Quando estudava tinha um professor que exigia que escrevêssemos Doutor no trabalho, sem ele sequer ter o doutoramento. Ao inverso, já conheci doutores que de o facto o são e se olhares não dás conta. Essa é uma diferença abismal.Muitas das pessoas que eu recebo querem tentar afirmar-se num mundo que não foi e nunca será o deles, porque pura e simplesmente por mais que tentem não conseguem lá entrar.
ResponderEliminarJoão: isso é de valor.É disso que falo, é isso que vejo.
ResponderEliminarMarge: viver consoante o orçamento é essencial.Mas eu vejo muitas pessoas que fogem e se fogem do orçamento.São Martinho do Porto é um local onde muitas pessoas de berço passam férias e têm segundas casas.São tradições familiares. O avô foi, o pai também e o filho também vai porque desde sempre que tira uns dias para estar em São Martinho. Mas estes senhores não aparecem em revistas, quanto muito têm uma fotografia ou outra nesta ou naquela festa.Os que almoçam e jantam sandes são os mesmos que trazem as marcas vestidas em tamanhos gigantes, letras enormes.Isso para mim é e será a ostentação de algo que não têm, assim como mostrarem os topos de gama que possuem, bem como de facto fazem dos empregados gato sapato.
ResponderEliminarMuitos têm DR's e Eng porque pedem para ter, ou porque o funcionário do banco pergunta, e acham que é muito mais bonito ter DR Joaquim do que Joaquim.E o mesmo se passa com a história dos professores, a afins.Basta ter-se o curso e se se quiser tem-se o "título" antes do nome, e finge-se ser o que não é. A verdade é essa.
Mas eu vejo muito mesmo muito uma feira de vaidades, um mundo de falsas aparências, pessoas que teimam em fingir que vivem num outro mundo.Eu observo isso constantemente.
Inês o Problema é esse qualquer licenciado gosta de colocar o Dr. atrás de cartões e de puxar dos galões quando nem necessários são...
ResponderEliminarMarge: felizmente que ninguém é obrigado a ter o "cognome".
ResponderEliminarMas esses que tu falas de S.Martinho do Porto, são o retrato perfeito dos tugas que vão para o Algarve.. a minha irmã o ano passado foi de férias para o Algarve pois contou que a maior parte vai de lancheira para a praia e à noite uma mista ou um cachorro estão jantados.. mas depois voltam e gabam-se de ter estado no Algarve... acontece o mesmo na famosa praia de Moledo onde por exemplo o maestro Vitorino de Almeida, Durão Barroso têm casa...os outros vão ao snack da praia e o jantar resume-se a fast-food...aliás muito do que se vê nas revistas cor-de rosa.. são os próprios a contactar e a pedir para lhes entrarem em casa... e fica tão mal quando perguntam o nome e lá vai o Dr. atrás...
ResponderEliminarMarge: pessoas dessas encontram-se em qualquer lado.
ResponderEliminarOra nem mais...infelizmente não é só em S. Martinho.
ResponderEliminarBj
Vera: bem-vinda.
ResponderEliminarSeria bom que estivessem em extinção, mas não.