Irra para mim

"Nunca pensei que nos deixasses pendurados. Ficámos apenas três pessoas. Nunca pensei que fosses capaz, ofereces-te para tudo."
Foi chato, eu sei que foi. Se me tira o sono, não não tira. Se faz de mim um ser maquiavélico? Não me parece.
Mas ser boazinha e estar sempre a perguntar e a oferecer ajuda e a ser boa samaritana cansa-me a "beleza", e faz-me ganhar rugas e cabelos brancos, e perco peso por tomar as dores dos outros e estar sempre sempre disponível para fazer o possível às vezes quase dentro do impossível.
Temos pena, mas não posso estar sempre a oferecer um dedo e levarem-me o braço inteiro. Às vezes acho que já estou desmembrada, que tenho próteses em vez de braços, mãos, pés e pernas.
Todos encaram como obrigatório a boa samaritana ser boazinha e estar sempre disposta a ajudar. E o facto é que estou sempre disposta a isso, mas nesse dia não calhou. Temos pena, mas às vezes a vocação angelical vai-se. E de vez em quando precisa de ir. 
A culpa é minha, habituo mal as pessoas.
Irra para mim!!!!! 

Comentários

  1. Olha. Tal e qual a minha pessoa. Vi-me ao espelho com este teu post. :)

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  2. Irra para ti sim senhora!

    Gosto de gente com atitude. Preserva-te pá!

    Bjs

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  3. Às vezes é bom deixarmos o diabinho tomar conta de nós. E é engraçado ver as caras de surpresa que não estavam à espera da nossa atitude! beijo

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  4. Isabelices: como eu disse no post foi chato. Mas isto de ser boa samaritana também cansa.Ás vezes temos que fazer estas coisas e dizer basta.

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  5. Poetic: é bom, muito bom.Afinal de contas todos somos humanos.

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  6. Revi-me completamente. Mas começo a aprender a dizer que não quando é necessário.

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  7. Nunca mudes... por nada nem por ninguém! ;)

    beijo
    Sutra

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  8. Conheço a sensação! mas também já começo a aprender... ;)

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  9. Loirita: eu também comecei a aprender, mas isto vai devagar.

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  10. Palco do tempo: é preciso sim. Nem que me olhem depois como se eu fosse um Judas..

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  11. Sutra: mudar não mudo, porque esta prática faz parte do meu feitio. Mas de vez em quando é necessário um não.

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  12. Malena: de vez em quando é necessário fazermos o oposto do que somos.

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