A verdade dos factos do "aturanço"

A verdade dos factos é que não aturo ninguém e nem para aturar ninguém. Para desperdiçar o meu tempo com qualquer espécie de baby sitting
É que vendo bem as coisas, aturar-me a mim mesma já me dá por vezes um trabalho enorme. Seja, aturar as minhas questões, divagações, humores. 

Se aturar-me a mim própria é por vezes muito complicado...oh quantas vezes não me apetece bater com a cabeça na parede, ou dar uns estalos a mim mesma, enquanto me questiono do "Inês, caramba Inês!!! Porquê Inês??? Bolas para isso Inês!!! Irra Inês", oh quantas e quantas vezes não ando em redor dos Ses e a tentar encontrar uma explicação lógica para a cabecinha que não é fácil, nada fácil de lidar. É tão díficil de lidar que muitas vezes eu questiono a minha cabeça, pergunto e tento encontrar respostas na minha cabeça. E por ali ando num misto de quês e de porquês, e porque sim, e porque não ou quem sabe talvez.

A verdade dos factos é que sou uma tarefa com que é difícil de lidar, de esmuiçar, destrinçar. Um misto de caixa de surpresas com uma bomba relógio. Ou talvez uma matrioska, com matrioskas dentro dela.

O "aturamento" é como uma permuta, uma troca. Quando mais difícil o aturar é, mais complicada é a troca do "aturanço". Ou como eu digo muitas vezes, já tenho que me aturar a mim mesma, quanto mais ter que aturar os outros.

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