Sai uma dose de indignação para a mesa do canto

Tão grave é uma pessoa estar horas numa urgência, como é ver outras pessoas em circunstâncias mais graves horas à espera de ser atendida. 
Ao grave da espera, junta-se o grave que é saber que se encontra apenas um médico a fazer urgência (não havia especialista de medicina interna) ver sair esse mesmo médico do turno, e esperar uns bem longos minutos, pelo outro médico que há-de vir. 
Grave é também ver o reduzido número de funcionários a trabalhar numa urgência que apesar de pequena estava "composta". Ao grave do que vi, junta-se o grave de constatar que não existe em número suficiente de um aparelho básico que é o suporte para o soro, (e infelizmente a falta de equipamento faz-se notar há algum tempo) .
A somar a todas estas gravidades, acrescento a gravidade de encontrar um médico que mal fala Português (provavelmente colombiano) a julgar que pode agir como um psiquiatra (palminhas para o "Ministério da Saúde", que manda empresas de trabalho temporário sub contratarem, e palminhas para essas mesmas empresas)!! 
Caramba, já vi muito médico bom, e muito médico menos bom, que se limita a teclar no pc as queixas do doente sem sequer se dignar a olhar para ele. E hoje voltei a ver, oh se voltei!!
Contudo, nunca na minha vida tinha visto um médico por cima de medicação psiquiátrica (que eu tive que explicar, porque perceber o receituário do especialista com letra que se consegue ler, era impossível), prescrever um anti-histaminico para ajudar a dormir,!! E tenho alguns anos disto senhores!!! Alguns anos, os anos suficientes para não me lembrar de qual foi a última vez que um médico alterou a medicação de um especialista, e saber que um ajuste de medicação feito numa urgência não deve ser executada desta forma!!

E pois sim, sim que pois pedi o livro amarelo e bem que escrevi. Não contra os funcionários ou contra o médico em particular, mas sim contra a porcaria deste sistema de saúde que trata tudo e todos como se fossemos um qualquer país do terceiro mundo!!! Porque a pessoa desconta, mesmo que não desconte tem o direito de ser atendida e tratada com a dignidade que lhe é merecida. E os funcionários têm o direito de terem as condições humanas e materiais para prestarem um bom serviço a quem os procura. E não vejo isso, e não é foi apenas hoje, na urgência do hospital da minha área de residência. Infelizmente já vi isto demais e vezes a mais. 

Neste país, está muita coisa mal, mas nada está tão mal como a saúde, nada mesmo nada.

Resumindo e concluindo: VÃO SE LIXAR, CARAMBA!!!! 

Comentários

  1. Querida Inês...não publiquei o teu comentário porque vou publicá-lo como resposta ao desafio...(estou a fazê-lo a partir de hoje à tarde) com ligação para o teu blogue e para este post que tem tudo a ver!!! Beijinhos amiga!
    maria

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