Já que as reportagens sobre o "estado" das nossas urgências são moda
Já que as reportagens sobre o "estado" das nossas urgências é moda, causa-me muita perplexidade os media ainda não terem vindo assentar arraiais no Hospital de Alcobaça, o Hospital da minha área de residência. E honestamente, deveriam vir ver como funcionam estas urgências.....
Não há macas, não há pulseiras amarelas (há mais de uma semana), não há médicos, não há enfermeiros, auxiliares, meios complementares de diagnóstico. Não há sala de espera para a pediatria. Não há suportes para soro, não há uma entrada para as urgências em condições, ou pelo menos a porcaria de um aparelho de ar-condicionado para nesta altura manter quentes os velhos que entram em maca. Não há casas de banho em condições, não há nada para os doentes comerem enquanto esperam (leite e bolachas é assim tão caro????).
Mas também existe lá algo que não posso deixar de mencionar: a enorme falta de respeito que existe de quem tutela o CH Leiria/Pombal, e dos que estão acima dessa mesma tutela. Os que tutelam a tutela. Uma falta de respeito para connosco.
Sendo o CH Leiria/Pombal uma "instituição" acreditada internacionalmente, não tem cabimento nenhum o Hospital de Alcobaça ser um centro de saúde que recebe ambulâncias. Na sua essência, este hospital é um centro de saúde que recebe ambulâncias.
Os cuidados prestados são do terceiro mundo. E isso é no mínimo uma falta de respeito para connosco. A minha mãe foi atendida basicamente ao fim de quatro horas, mas eu vi pessoas que se vieram embora ao fim de sete horas à espera para serem atendidos. Sim, tinham pulseira verde, mas nunca numas urgências normais pulseiras verdes teriam que estar mais de sete horas à espera.
Isto é uma falta de respeito.
(E sim, reclamei, e sei que há-de haver alguém a ler a reclamação e irá pensar que eu tenho razão no que escrevo.)
Isto é uma falta de respeito.
(E sim, reclamei, e sei que há-de haver alguém a ler a reclamação e irá pensar que eu tenho razão no que escrevo.)
Não há nada... Exceção feita aos doentes que são muitos e em perfeito desespero.
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