Consegui pôr no "papel"

E hoje, ao comentar o post da Maria em Palco, consegui pôr no papel, o que verdadeiramente me passa pela cabeça e penso sobre a questão dos refugiados.
Admito que me custa não conseguir explanar o meu ponto de vista verbalmente, como o faço através da escrita. Mas acontece que na escrita não tenho ninguém a dizer-me que não sei nada, mas essencialmente é isto:

O que já tive de discussões acerca do assunto é algo que sinceramente me ultrapassa.
E os argumentos que ouço nem são os "temos que ajudar os nossos", mas sim, que não podemos receber muçulmanos porque são maus, tratam mal as mulheres, são todos terroristas, andam com armas, explodem-se a eles, explodem crianças, explodem mulheres.
E não temos nada que receber porque somos católicos, e para virem para cá não podem andar da cabeça tapada, não podem fazer isto, aquilo e outro. Os Estados árabes não nos respeitam, temos que cumprir as regras deles nos países deles, (um estado árabe rege-se por leis que não são as nossas, e logicamante que no meu país as nossas leis e costumes têm que ser respeitados por quem cá entra, e ninguém põe isso em causa).
E perante estes argumentos que ouço, ponho-me para aqui a pensar onde está a solidariedade para com as Pessoas, onde é que ele ficou.
Estamos a falar de pessoas,independemente da religião e dos fanatismos que estão por detrás.
E fanatismos por fanatismos, também existem católicos fundamentalistas, oh se existem.
As coisas devem ser feitas com conta, peso e medida.
Não nego que é necessário um rigoroso controle sobre quem entra, é necessário o registo. Não quero terroristas islâmicos na Europa e no nosso país. Mas sou solidária, vejo pessoas, pessoas como nós mas com outra religião. Mas nem todos vêem as coisas deste ponto de vista, e eu muito sinceramente já nem canso em rebater fundamentalismos.


 

Comentários

  1. E colocas-te muito bem no papel. Os refugiados estão a fugir da guerra, da falta de comida e de outros bens essenciais. Foram apanhados no meio de um fogo cruzado e precisam de voltar a ter uma vida digna. Se precisamos de ajudar os nossos, claro que precisamos mas não nos podemos esquecer destes porque esquecer isso não é certamente uma atitude humana.

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