Ao som de uma bossa nova

A escrita liberta.

Liberta especialmente quando conseguimos abrir a alma (ou parte dela), e, colocamos num papel o que temos aprisionado dentro nós.

Nunca fui boa com as palavras na forma falada. As palavras na forma falada têm o dom costumeiro de me falharem. Ou talvez não me falhem, mas falharei eu.

Em contrapartida, creio ser melhor nos gestos. Creio conseguir pôr nos gestos e nas coisas mas simples do dia, aquilo que não consigo pôr na palavra falada.

A palavra, essa, não é pensada ou pré-concebida. É sentida. É tudo. E é nada. É escrita com alma, com o coração. Somente eles bastam: a alma e o coração.

E assim, sou eu, apenas eu. Nada mais, apenas eu.

E hoje, aqui escrevo. Escrevo porque sim. Apenas, porque sim.

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